pra coisa nenhuma. mesmo.
segunda-feira, agosto 17, 2009
 
furando a pitchfork, aí vão as 50 preferidas da década até agora (só abri exceção pra repetir artista com minha santíssima trindade da década, asa-chang & junray, joanna newsom e animal collective).
"emily" joanna newsom
"senaka" asa-chang & junray
"crazy in love" beyoncé feat jay-z
"roll up" black dice
"house of jealous lovers" the rapture
"get ur freak on" missy elliott
"brothersport" animal collective
"man is not a bird" broadcast
"this beard is for siobhan" devendra banhart
"a year in a minute" fennesz
"ô simpático" mr. catra
"the lake" antony and the johnsons
"everything is alright" four tet
"quiescent return" sir richard bishop
"frontier psychiatrist" the avalanches
"lufuala ndonga" konono no. 1
"death is not final" shackleton
"ghost hardware" burial
"fall from a height (the field way)" the honeydrips
"jynweythek ylow" aphex twin
"suburbia" martyn
"meu maracatu pesa uma tonelada" nação zumbi
"lucifer" jay-z
"message sent" sage francis
"good girl/carrots" panda bear
"clam crab cockle cowrie" joanna newsom (versão ep colleen)
"hana" asa-chang & junray
"the purple bottle (stevie wonder version)" animal collective
"lose my breath" destiny's child
"please sing my spring reverb" múm
"plans" grizzly bear
"paper planes" m.i.a.
"i love you golden blue" sonic youth
"my love" justin timberlake
"elephant woman" blonde redhead
"air (kode9 remix)" dabrye feat. doom
"beautiful boys" cocorosie & antony
"deep space 9mm" el-p
"point to b" prefuse 73
"hey ya" outkast
"snookered" dan deacon
"morvern" 2562
"my red sports car" squarepusher
"clock strikes" timbaland & magoo
"diamonds" kanye west
"the gloaming" radiohead
"machine gun" portishead
"you are the light (by which i travel into this and that)" jens lekman
"they are night zombies!! they are neighbors!! they have come back from the dead!! ahhhh!" sufjan stevens
"matadjem yinmixan" tinariwen
(lista ainda provisória; é possível que eu tenha esquecido alguma coisa...)
 
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
 
alguns links
esse aqui é um trabalho fundamental de compilação de textos para uma compilação musical também fundamental, ohm - the early gurus of electronic music. a música você arruma outro lugar, os textos você lê aqui. é um notável exercício de generosidade em partilhar informações sobre uma música sobre a qual a gente ouve muito falar e muita gente não vai fundo, em parte pela falta de acesso, em parte pela aura de "música séria e/ou impenetrável".
esse link aqui aponta pro lançamento mais aguardado do ano, livro editado pelo sonic youth unindo todas as manifestações artísticas desses artistas multifacetados dos quais só se costuma conhecer a parte musical. um resumo mais abrangente pode ser lido aqui.
e daí tem as coletâneas que eu fiz no final do ano pra amigo oculto, caso alguém se aventure... cd1 aqui e cd2 aqui . já tem mais uma dupla de compilações apropriadamente (ou não) chamada local de trabalho. mais tarde faço upload. divirtam-se.
 
quinta-feira, janeiro 08, 2009
 
listinhas 3: shows

1. animal collective, planeta terra
2. mudhoney, circo voador
3. bob dylan, cafundó do judas
4. sonny rollins, tim festival, ibirapuera (manhã)
5. marcos campello, festival outro rio, plano b
6. patife band + arrigo barnabé, caixa cultural (rj)
7. mad professor, clube inferno
8. jorge ben, brasil rural contemporâneo, marina da glória
9. alva noto, festa da gentil carioca
10. jesus coca, festival outro rio, plano b
 
 
listinhas 2

melhores filmes exibidos pela primeira vez no brasil em 2008:
1. noite e dia, de hong sang-soo
2. aquele querido mês de agosto, de miguel gomes
3. les amours d'astrée et de céladon, de eric rohmer
4. sweeney todd, de tim burton
5. o canto dos pássaros, de albert serra
6. sad vacation, de shinji aoyama
7. a mulher sem cabeça, de lucrecia martel
8. encarnação do demônio, de josé mojica marins
9. fim dos tempos, de m. night shyamalan
10. um conto de natal, de arnaud desplechin

melhores filmes lançados comercialmente no rio de janeiro em 2008
1. não estou lá, de todd haynes
2. paranoid park, de gus van sant
3. serras da desordem, de andrea tonacci
4. sweeney todd, de tim burton
5. onde os fracos não têm vez, de ethan e joel coen
6. encarnação do demônio, de josé mojica marins
7. uma garota dividida em dois, de claude chabrol
8. fim dos tempos, de m. night shyamalan
9. a espiã, de paul verhoeven
10. a questão humana, de nicolas klotz
11. o sol, de aleksandr sokurov
12. antes que o diabo saiba que você está morto, de sidney lumet
13. trovão tropical, de ben stiller
14. luz silenciosa, de carlos reygadas
15. leonera, de pablo trapero
16. meu nome é dindi, de bruno safadi
17. cleópatra, de julio bressane
18. queime depois de ler, de ethan e joel coen
19. shortbus, de john cameron mitchell
20. gomorra, de matteo garrone
 
segunda-feira, janeiro 05, 2009
 
listinhas 1: melhores séries de 2008

já antecipo que não cubro séries. acompanho avidamente algumas, as que me interessam minimamente, e vejo no máximo dois episódios das que não me entusiasmam, sendo que várias eu jamais vi e aposto que detestaria se visse. assim, nada de lista com valor panorâmico, apenas um voto de amor às séries que mais me empolgaram durante o ano. (devo dizer que alice, de karim ainouz e sérgio machado, foi uma enorme decepção, uma bobagem monumental; que breaking bad tem momentos interessantes mas enche o saco; que house continuou muito boa; que big bang theory é divertida em suas limitações; que true blood tem uma primeira metade respeitável e uma segunda metade lamentável; que gossip girl e grey's anatomy não dá pra aturar; e que heroes jamais me dei o trabalho e não vai ser em 2009 que isso vai mudar).

5. generation kill, de ed burns e david simon. "e se a gente aplicasse os mesmos padrões de the wire à experiência dos marines (fuzileiros americanos) na guerra do iraque?" o ponto de partida não poderia ser mais instigante, dada a forma como o realismo da dupla burns/simon não é da sensação de "ao vivo" (ainda que ela esteja presente) mas sobretudo da complexidade das teias de relações que envolvem as instituições e os indivíduos que as fazem funcionar. para variar, não foi o cinema mas a televisão que deu conta da brancaleônica invasão americana (oops, "da coalisão") no iraque. [embora, lembre-se, redacted de brian de palma seja uma obra superior]

4. 30 rock, de tina fey. ou de como produzir um programa de humor semanal tipo saturday night live é muito mais engraçado do que assisti-lo. a auto-ironia é uma arma forte da série, mas no que ela sobressai é na zombaria do espírito corporativo representada pelo personagem de alec baldwin (no ápice definitivo de sua carreira) – esqueçam as repetitivas piadas de constrangimento alheio de the office, a graça está aqui. a série só melhora, cada vez mais doidivanas e ágil. "gavin volure" é um episódio inacreditável. tracy morgan genial, jack mcbrayer idem.

3. the wire, de ed burns e david simon. foi a temporada mais espetacular, mais abismante no sentido de fazer o cachorro morder a própria cauda (a "invenção" de um assassino serial por um policial para fazer retornar subsídios cortados para a polícia fazer investigações reais). mas foi também a área da temporada coberta com menos sofisticação e complexidade (dessa vez, a mídia, os bastidores dos jornais). em todo caso, grande temporada e o fim de uma série que vai deixar saudade.

2. mad men, de matthew weiner. pouco importa que a deixa seja de a família soprano (o avesso daquilo que é mitificado e vendido como parte do sonho americano), tem muita coisa emprestada na inspiração, mas a dramaturgia e a instalação no universo dos publicitários executivos da virada dos 50 para os 60 é nada menos que excelente. mas não é só questão de figurino e questão de direção de arte: a série sabe aplicar um olho contemporâneo num momento crucial do passado e mostrar a perturbação surgindo no epicentro do dinheiro e da criação das expectativas. a única série do mundo que sabe fazer flashback (true blood e lost, é com vocês, panacas!).

1. pushing daisies, de bryan fuller. a pior notícia do ano foi o cancelamento dessa que é a melhor série em atividade (e seria a melhor fácil, caso mad men não existisse). a mistura entre morbidez e doçura é digna de tim burton, mas no coração da série há uma matriz humorística inapelável. consegue equilibrar perfeitamente intrigas permanentes e intrigas por episódio, acrescentar e revelar mistérios de forma provocativa mas não apelativa (lost e true blood, com vocês de novo...), ser engraçado em diversos níveis: na elegância anacrônica e desinteressada da narração, nas imprevisíveis coincidências das tramas, no talento e na empatia dos atores, na pronunciada velocidade dos planos e cenas, nas correrias provocadas pelas situações... e existe uma verdadeira proeza em fazer subsistir tudo isso com intrigas investigativas, cinema fantástico e comédia romântica. vai fazer muita falta... [agradecimentos a camila lavor por me apresentar à série]
 
domingo, novembro 09, 2008
 
a pior coisa do planeta terra foi ter colocado o animal collective muito cedo. mesmo com todos os problemas de som (microfone inaudível que ocasionou no fim repentino de "chocolate girl", inexistência de som na guitarra que atrasou a entrada de "fireworks"), foi um show sensacional, daqueles que justificam até as sentenças hiperbólicas de que o grupo é o rock do futuro. como o black dice há dois anos, o animal collective emprega uma atitude totalmente rock e calorosa mesmo diante da parede de eletrônicos que volta e meia substitui os instrumentos orgânicos. fora que é a síntese mais perfeita de bases eletrônicas com guitarra e bateria que já se viu. breeders foi legal, jesus & mary chain foi burocrático como sempre, spoon foi vibrante pra quem gosta, as três do curumin que eu vi foram bem bacanas, e o resto eu caguei solenemente. não foi nem má vontade, mas uma sensação de fim de festa iniciado às 20h30, quando avey tare, panda bear e geologist saíram do palco, nitidamente chateados com os problemas técnicos.
setlist:
chocolate girl (interrompida)
comfy in nautica
bearhug
peacebone
fireworks/essplode
brother sport
 
domingo, setembro 07, 2008
 
saiu a primeira lista de melhores do ano. e saiu antes mesmo de completados 2/3 do ano. o engraçadinho se chama tim sendra e escreve pro allmusic guide, que apesar de ser responsável por diversos vexames de avaliação (cinco estrelas para todos os discos dos beatles é simplesmente coisa de fã bobalhão) e mau gosto é uma excelente fonte de pesquisa e conta com alguns críticos muito bons (meus preferidos: thom jurek, de longe, e o desaparecido françois couture). até aí nada demais, já tem muita coisa boa lançada esse ano. o pior não é a leviandade e a vontade de aparecer. o pior é o gosto: basicamente tudo entra na categoria indiepop de melodias fofinhas e canções com fórmula, exceto o times new viking, que é de longe a única coisa da lista a merecer um olhar mais atento. o resto, que eu desconhecia (a não ser los campesinos, que não é ruim mas também passa longe de ser bom), eu baixei as faixas recomendadas, apenas para deletar depois de ouvir o playlist em seqüência (tirando a do cineplexx, que eu não achei) ### falei outro dia do clouds, o duo finlandês de dub e dubstep. bom, agora já tem pra baixar o ep elders, cuja faixa homônima aproveita a voz de cocoa tea em "go home soundboy" e constrói uma excelente seção rítmica. o ep se completa com versões de ras americk, rootah e wadadda, ou seja, a galera da pesada da inglesa jahtari. coisa fina ### na segunda entrevista que eu fiz com o nicolas klotz, ele me perguntou se tinha em são paulo uma boa loja de discos pra comprar vinil. recomendei de primeira a baratos afins, avisando que por ter o melhor acervo era também a mais careira, e que nas outras lojas da galeria teria que garimpar, mas poderia achar coisas mais baratas. sei que ele foi lá e, de outra vez que nos encontramos, ele contou todo alegre que conseguiu uma edição em vinil do sister, do sonic youth (além de bom cineasta ele gosta de boa música: é fã de wire, joy division, etc.). lembrei disso quando entrei na plano b sexzta-feira e vi um sister ali na prateleira, olhando pra mim. viu, nicolas, você não é mais o único agora...
 

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ao meu jeito eu vou fazer um samba sobre o infinito /// e eu nem sei que fim levou o meu -- risos /// quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu cão ///

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